domingo, 28 de agosto de 2011

Professores se queixam de falta de diálogo com Governo do Estado e ameaçam retomar greve

Os professores da rede estadual estão indignados com o descaso do Governo do Estado com a educação do Rio Grande do Norte.
É que após mais de dois meses em greve e a promessa de melhorias, até agora nada foi feito, deixando os educadores preocupados com o não cumprimento do que foi acordado e que deu fim ao movimento grevista.
De acordo com as informações de Rômulo Arnaud, coordenador geral do sindicato dos Trabalhadores em educação do Estado (SINTE/ RN), o retorno dos professores foi motivado por dar andamento às negociações, mas com a garantia do retorno às salas de aula.
Para os sindicalistas os professores cumpriram a parte do acordo, mas o governo está fugindo da sua. “ Acreditamos que o governo está empurrando com a barriga os encaminhamentos e as propostas que foram feitas durante a greve, porque as escolas continuam sem professores, em alguns municípios aqui da nossa região não foi normalizado ainda o transporte escolar, escolas abandonadas, como é o caso da Adélia Gomes na abolição II (Mossoró), onde existe uma grande estrutura que foi abandonada pelo governo e está tomada pelo mato, enfim são inúmeros os exemplos de abandono com a educação”, destaca Rômulo Arnaud.
Faltando apenas quatro meses para terminar o ano de 2011, as escolas estaduais ainda não receberam sequer os diários de classe. Com isso os trabalhadores indignados afirmam não ver nenhuma mudança após a greve da categoria.
Um outro problema que vem deixando os educadores preocupados, é que o projeto de lei que estabelece o reajuste que deve ser pago agora em setembro, ainda não foi sequer enviado para a Assembléia Legislativa. “Diante de tantos problemas, a categoria começa a ficar revoltada porque acreditaram no governo quando retornaram às salas de aula, e eu acredito, de forma categórica, que se o governo continuar brincando com a categoria, empurrando com a barriga como está fazendo, poderemos sim retornar com a greve”, disse o coordenador.
Ainda de acordo com as informações de Rômulo Arnaud, também não foi nomeada a comissão de plano de carreira, e nem tão pouco a comissão pra fazer o levantamento do Passivo. “São duas comissões muito importantes que enviamos os nomes, como tinha sido acordado, mas as pessoas ainda não foram nomeadas. Até agora, apenas a comissão de gestão democrática foi nomeada, e isso nos preocupa muito”, destaca.
Para Rômulo Arnauld, o retorno da greve não está descartado. “nós temos feito visitas diárias às secretarias para viabilizar tudo o que foi acordado e esperamos uma resposta o mais rápido possível, porque caso o governo não cumpra com suas obrigações, nós poderemos sim retornar ao movimento grevista”, finalizou o sindicalista.
Se os educadores retomarem o movimento de greve, os alunos serão prejudicados mais uma vez, visto que não haverá tempo para conclusão do ano letivo.

Email enviado pelo professor José Rômulo Arnaud Amâncio
Fonte: Jornal Correio da Tarde



Um comentário:

Hugo Carvalho disse...

Infelizmente um final anunciado. A educação nunca foi prioridade em nenhum momento da história, nem mesmo quando seu objetivo era converter, que dirá agora que seu princípio é emancipar.