sexta-feira, 5 de agosto de 2011

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Professores do Estado CE entram em greve hoje:

Fracassam negociações entre governo e o Sindicato Apeoc, que promete fazer a maior paralisação da categoria na história da Educação do Ceará

Cem por cento dos professores da rede pública estadual vão parar as atividades a partir de hoje. Pelo menos é esta a expectativa do Sindicato-Apeoc, prevendo que a paralisação será a maior da história da Educação do Ceará. Durante toda a semana, mobilizações foram realizadas na Capital e no interior, para informar e orientar educadores, alunos e pais sobre os motivos da greve. Os professores estarão, nesta manhã, realizando um ato em frente ao Palácio do

Governo e, às 15 horas, uma reunião entre representantes das escolas municipais norteará o processo grevista.
O presidente da Apeoc, professor Anízio Melo, disse que o apoio dos professores é total.

Segundo ele, a luta da categoria ultrapassa a questão salarial, tornando-se uma briga pela continuidade da carreira de magistério. O professor disse que a greve foi o último instrumento de reivindicação da classe que não concordou com as propostas oferecidas pelo governo do Estado.

“A proposta do governo acaba com toda a estrutura de carreira que conquistamos através da Lei 12.066. Ela nos garante planos de cargo e salário, promoção por titulação e tempo de serviço, regência de classe e, principalmente, diferença salarial de acordo com a formação. Todas essas garantias foram extintas pela proposta imposta pelo governador”, ressaltou.

Anízio Melo disse ainda que o acordo colocado pelo governo elimina as perspectivas de avanço salarial, fazendo com que 80% dos professores estaduais não tenham qualquer tipo de ganho real na remuneração. “O governo acabou com qualquer planejamento de carreira. Ontem [última quarta-feira], tínhamos uma reunião marcada na Seduc [Secretaria de Educação do Estado], mas ela foi cancelada”, lamentou.

Em nota, a Seduc informou que “a proposta do governo do Estado tem entre seus objetivos aumentar a atratividade e valorização inicial da carreira que terá um incremento de 45%, em relação a 2010, além disso a possibilidade de progredir na carreira aos que não podiam ascender, permitindo que a progressão aconteça a partir do desempenho profissional. A expectativa é que a categoria possa analisar melhor essa proposta”.

REIVINDICAÇÃO
O plano exibido por Cid Gomes, entre outros itens, divide a atual tabela de vencimento em duas categorias – nível médio e graduado -, aplicando o valor de R$ 1.187 para início de carreira, não oferecendo readequação à Lei Nacional do Piso (11.738/08). Os professores reivindicam uma remuneração inicial de R$1.597,87.

Fonte: Jornal O Estado-CE

Um comentário:

Magda Silveira disse...

Essa onda de greve só confirma o descaso dos governantes com a educação no país. A educação é um dos fatores primordiais para o crescimento político, econômico e social de um país. Entretanto numa sociedade onde apenas uma minoria detém o poder e está satisfeita com ele, não se investe em educação pra não mudar esse quadro, diminuir as diferenças sociais e oferecer uma qualidade de vida melhor para os/as brasileiros/as. O que interessa, é colaborar com o analfabetismo, a inorância política, a corrupção,a miséria e a violência. Alguém me responda: quando isso vai acabar?
Arrisco uma resposta. Nunca!